Powered By Blogger

Pesquisar este blog

Translate

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

PEDAGOGIA, EDUCAR É BRINCAR!

 




Olá me chamo Daiane e sou estudante de pedagogia. Neste espaço você encontrará diversas publicações, artigos, vídeos, e muito conteúdo ligado ao campo da pedagogia e da educação.

O objetivo deste blog é ajudar pais, alunos e profissionais da educação a buscar conhecimento ou manter-se bem informado a cerca das novidades da área educacional, e deste modo, favorecendo seu aprendizado e sua prática.








sexta-feira, 2 de outubro de 2020

ALFABETIZAR E LETRAR E TEMPO DE CONCENTRAÇÃO DA CRIANÇA



Conhecer o funcionamento do sistema de escrita é poder se engajar em práticas sociais letradas. Assim, enquanto a alfabetização se ocupa da aquisição da escrita, o letramento se preocupa com a função social do ler e do escrever.


O processo de inserção da criança no mundo da leitura e da escrita é muito importante. Ele marca a criança por toda vida, afinal, saber se comunicar por meio da língua escrita é fundamental para viver em sociedade, seja ela qual for. Por isso, é muito comum ver os pais e os professores em dúvida sobre qual é a melhor forma de iniciar a criança no mundo da leitura e da escrita e, principalmente, sobre qual é a hora certa para dar início a esta jornada. 

Além disso, é bastante comum ver educadores e pais entendendo os conceitos de letramento e alfabetização como conceitos homogêneos, mas na verdade, eles têm diferenças significativas e importantes. Uma criança alfabetizada não é necessariamente uma criança letrada, e vice versa. 

Quais são as diferenças entre letramento e alfabetização ?

A alfabetização é o processo onde a criança aprende a decodificar os elementos que compõem a escrita. Esta decodificação passa pela memorização do alfabeto, reconhecimento das letras e ligação entre sílabas. Mas o que muitas pessoas não sabem é que esta alfabetização por si só, não prepara o indivíduo para o mundo letrado. 

O letramento é um pouco mais profundo do que a alfabetização. Ele corresponde à interpretação e o domínio da língua e, não apenas à decodificação dela. Quando o aluno é capaz de entender um texto, interpretar uma história, falar com clareza e se expressar de forma eficaz por meio das palavras empregadas por ele, torna-se então indivíduo letrado. 

Uma pessoa que sabe ler e escrever, é alfabetizada. Já uma pessoa letrada sabe usar a leitura e a escrita de acordo com as demandas sociais. O letramento torna o indivíduo apto a organizar discursos, interpretar e compreender textos e a refletir sobre eles. Já a alfabetização deixa o indivíduo apto a desenvolver os mais diversos métodos de aprendizado da língua.

Saiba as principais diferenças entre letramento e alfabetização:

- Qualidade de domínio sobre a leitura e escrita
- Frequência do uso da leitura e escrita no cotidiano
- Capacitação para lidar com as demandas sociais
- Capacidade de interpretação

Como transformar um aluno alfabetizado em letrado

A aprendizagem da escrita deve ser iniciada antes que a criança frequente a escola. A criança precisa ser inserida no mundo letrado de uma forma sutil e orgânica. Não é atoa que o letramento se desenvolve de 3 formas simultâneas:

- Por meio da Psicogenética
- Desenvolvendo a consciência fonológica
- Promovendo o conhecimento das letras

Além disso, é necessário inserir a criança no meio letrado de diversas formas, antes que ela aprenda efetivamente a ler e a escrever. O intuito disso é tornar a leitura e a escrita uma consequência de atividades que são promovidas pelos pais e pela pré-escola. Assim, a criança terá um relacionamento e uma afinidade maior com o mundo da escrita e da leitura e, assim, reconhecerá as palavras por meio destas ações lúdicas do dia a dia.

Por isso, não adianta alfabetizar e fazer com que a criança aprenda sem que este hábito faça parte de seu cotidiano. Decorar algumas palavras não é saber ler e escrever, assim como, não adianta que a criança conheça a letra apenas como um desenho. Ela precisa conhecê-la como um som que, consequentemente, forma uma palavra, uma frase e um texto. 

Existem 7 fases que a criança deve passar até estar apta a ler e escrever:

- Icônica
- Garatuja
- Pré-silábica
- Silábica sem valor sonoro
- Silábica alfabética
- Alfabética
- Ortográfica

As crianças têm muito tempo para serem alfabetizadas. O importante é que elas estejam com o cérebro preparado para aprender a decodificar. Por isso, dê oportunidades para que a criança desenvolva cada uma dessas etapas. 

Cada uma delas é importante e colabora no desenvolvimento eficaz da alfabetização. Quando pulamos as etapas e iniciamos a criança de uma forma brusca no processo de alfabetização, ela se torna um indivíduo capaz de ler e escrever, mas não se torna alguém preparado para desenvolver-se socialmente por meio desses conhecimentos. 

Ajude a criança alfabetizada a ser um indivíduo letrado:

- Usando recursos que façam parte do cotidiano delas
- Dando o exemplo lendo para ela e interpretando as histórias lidas
- Promovendo o contato da criança com a musicalidade
- Mostrando-se disponível para ajudar nas dificuldades de aprendizado
- Entendendo que cada criança é uma, e cada uma tem seu próprio tempo

Apesar de complexo, identificar as diferenças entre letramento e alfabetização é muito importante para um educador. Estas diferenças são bastante claras e evidentes e, elas afetam diretamente o dia a dia dos alunos e também no desenvolvimento de cada um deles.


Concentração é o que nos permite aproveitar ao máximo as informações disponíveis para entender, processar, trabalhar e / ou memorizar. Na verdade, é uma condição essencial para a aprendizagem, sem a qual é impossível consertar a informação.

A atenção é uma capacidade mental fundamental, uma vez que é a base do resto dos processos cognitivos, entre eles a memória, o pensamento e a linguagem. Para aprender alguma coisa, devemos ser capazes de permanecer focados pelo tempo necessário, senão simplesmente a esqueceremos. As crianças não têm a maturidade cerebral necessária para passar horas concentradas em uma única tarefa, mas elas irão desenvolvê-las à medida que crescem.

Por quanto tempo as crianças podem permanecer focadas?

atingiram um nível adequado de maturação. O sistema reticular, que corresponde aos cuidados mais básicos, é regulado principalmente pelas conexões talâmicas, límbicas e gânglios da base. Entretanto, o sistema atencional posterior que permite atenção focada ou seletiva é muito mais complexo e inclui as áreas pré-frontais, que atingem um nível de maturação que permite que o suporte seja mantido por volta dos 7 anos, embora continue se desenvolvendo até 15 ou 17.

Saber quanto tempo uma criança concentrada pode ficar ajudará pais e professores a desenvolver expectativas adequadas para que não exijam mais do que podem concentrar-se. Desta forma, eles não vão forçá-lo mais do que deveriam, eles podem planejar melhor os tempos de descanso e, acima de tudo, eles não vão repreendê-lo por ser ignorante ou desconcertante

Durante o primeiro ano de vida, a concentração do bebê é passageira. Você pode ficar alerta por dois ou cinco minutos, pois mudará o foco rapidamente porque o menor estímulo à sua volta chamará sua atenção.

2 anos

Durante o segundo ano de vida, a atenção continua a se desenvolver. Normalmente, as crianças podem ficar concentradas por 4 a 8 minutos, embora algumas crianças possam ficar alertas por mais tempo, cerca de 10 minutos.

3 anos

Nessa idade, as crianças podem permanecer focadas por aproximadamente 15 minutos, embora possam estar atentos por longos períodos de tempo, se algo realmente lhes interessar, já que nesta fase a atenção voluntária começa a se desenvolver. Contudo, ainda os estímulos do médium os distraem muito

4 anos

A partir desta idade a criança poderá permanecer concentrada até vinte minutos, embora seja normal descentralizar rapidamente e que ele quer passar de uma atividade para outra, especialmente quando ele perde o interesse no que ele estava fazendo.

5 anos

Aos cinco anos, uma criança pode ficar focada em uma única tarefa por cerca de 25 minutos , mas será difícil para ele permanecer atento quando ele não está interessado.

6 anos

No sexto ano de vida a atenção melhora consideravelmente devido ao nível de maturação que o cérebro atingiu, de modo que a criança ele pode permanecer concentrado por 30 minutos, embora ele seja geralmente descentralizado após 15 minutos se a tarefa não o motivar.

7 anos

Nessa idade, as crianças estão prontas para a escola desde as estruturas frontais do cérebro atingiram um maior grau de maturidade. A atenção deles também continua a melhorar, então eles podem ficar ligados por até 35 minutos. Vale ressaltar que as atividades escolares também contribuem para melhorar a atenção, de modo que uma criança de 10 anos já possa se concentrar por uma hora

Tabela de tempo de concentração das crianças de acordo com a idade
Referências Bibliográficas 

Super Autor - https://superautor.com.br/letramento-e-alfabetizacao-entenda-as-diferencas/
Família saúde melhor agora - https://familia.saudemelhoragora.club/o-tempo-medio-de-concentracao-de-criancas-de-acordo-com-a-idade/














quinta-feira, 1 de outubro de 2020

FILMES INDISPENSÁVEIS PARA PEDAGOGOS

A função de um pedagogo vai além da sala de aula. Educar não está apenas no ato de repassar um conteúdo. Está na maneira como uma pessoa consegue conduzir outra pelo melhor caminho, de maneira que promova uma transformação em sua vida. E a melhor forma de absorvemos um conteúdo para repassar e aprender, é estudando ele de maneira didática e interativa.

Logo, nem só de livros, leituras, trabalho e obrigações se vive um pedagogo. Entre trabalho e estudos é necessário ter um tempinho para o lazer. E que mal há em juntar o útil ao agradável? Melhor do que aproveitar o tempo livre para fazer algo prazeroso é ter esse período como um verdadeiro aliado. A vida, de uma forma geral, não costuma ser fácil. Para quem faz Pedagogia então é um teste o tempo todo. Mas para driblar tudo isso, nada melhor do que escolher um filme que agregue conhecimento e diversão. Separe sua pipoca e vamos à sessão!

1. Como estrelas na Terra


O filme indiano "Como estrelas na terra - toda criança é especial" traz como temática o transtorno de aprendizagem, em especial, a dislexia. Ele obriga a todo pedagogo ou estudante de pedagogia a repensar seu papel enquanto educador. Além disso, dá subsídio pra que pensem infinitamente sobre os problemas e as potencialidades presentes no espaço escolar.

O filme conta a história de uma criança que sobre com dislexia e não é compreendida pelos professores e pais. Ishaan Awasthi, com 9 anos, não consegue acompanhar as aulas, nem focar sua atenção. Inesperadamente, um professor substituto de artes percebe que há algo de errado com Ishaan. Ao descobrir o transtorno de aprendizagem, o professor coloca em prática um plano para resgatar aquele garoto. 

2. O Aluno


Como já sabemos, a educação é a solução para muitos dos problemas que enfrentamos. Ela é capaz de mudar o mundo. Daí vem a função fundamental de um pedagogo. O longa reconta a história do queniano Kimani Maruge Ng'ang'a que foi preso e torturado por lutar pela liberdade de seu país. Aos 84 anos, quando soube de um programa governamental de escolas para todos, Maruge se candidata para trabalhar em uma escola primária que atende crianças de seis anos de idade. Sua entrada acontece graças ao apoio de uma das professoras e ele também se torna um grande educador.
"O Aluno" é aquele tipo de história que emociona e que deixa a gente com um pouco mais de esperança nas pessoas, na evolução do ser humano. Se cada um fizesse a sua parte e contribuísse de alguma forma para a sociedade a sua volta, o mundo seria um lugar melhor. 

3. A voz do Coração


Este filme francês retrata a história do famoso maestro professor Clément Mathieu que, ao saber do falecimento de sua mãe, decide retornar à sua cidade natal. Lá, ele encontra um diário escrito por seu professor de música, e começa a relembrar muitas coisas de sua infância, na década de 1940. Então, ele assume a missão de ensinar música a crianças de um pensionato. Contrariando os métodos rígidos utilizados para conter as crianças indisciplinadas, o professor estrutura um coral e modifica as relações existentes.

4. Além da Sala de Aula 


Retrata a história de uma professora recém-formada, Stacey, que adiou seu sonho de lecionar por conta de uma gravidez não planejada e que encara o seu primeiro desafio: ser a única professora de uma escola para sem tetos. Ela supera seus medos e preconceitos em lecionar para crianças de rua em uma sala de aula improvisada em um abrigo, fazendo grande diferença na vida delas.

5. Entre Muros da Escola


O que dizer do rumo que a educação escolar está tomando nos últimos tempos: intolerância, desrespeito, agressividade, desmotivação, estresse, violência, reprovação, altos índices de analfabetismo, desvalorização da categoria, falta de compromisso com o ofício, dentre tantos outros problemas que assolam o espaço escolar, não é mesmo?

Baseado em fatos reais, o filme narra a trajetória, os problemas e os desafios enfrentados por uma professora recém-formada em uma escola temporária para sem-tetos nos Estados Unidos.

O filme traz à tona a história não só de Stacey, mas de todos os profissionais que lidam diariamente com as dificuldades de realizar seu trabalho. Sobre todos aqueles que apesar da falta de recursos, da falta de reconhecimento, da falta de autonomia, respeito e muito mais, ainda vão todos os dias compartilhar sua vocação com outros.

6. O Primeiro da Classe


O filme "O primeiro da classe" é um drama familiar que relata a história do professor Brad Cohen, personagem que apresenta uma doença chamada de síndrome de Tourette, esta patologia caracterizada pelo comprometimento psicológico e social dos pacientes. Inspirado em fatos reais, o longa mostra como é a vida de Brad, e seu desejo de ser pedagogo, sem deixar que sua doença e todas as dificuldades o faça desistir de seu sonho.


Referências Bibliográficas

Unialfa - https://www.unialfa.com.br/publicacoes/noticias/7-filmes-indispensaveis-para-pedagogos













INCLUSÃO ESCOLAR




Incluir vai muito além de ter rampas ou um ambiente físico adaptado.


Sei que é um assunto que ronda muitas pessoas o tempo todo, mas quantas vezes realmente nos aprofundamos sobre o tema? O que realmente sabemos sobre a inclusão escolar?

Incluir, no âmbito escolar, significa que todas as crianças têm direito a escola. Incluir é a capacidade que temos de entender e reconhecer o outro e, através disso, nos permitirmos conviver e compartilhar experiências com pessoas que são diferentes de nós.Alguns autores acreditam que “o diferente” não se refere apenas a pessoas com deficiências ou transtornos, como costumamos achar, e sim a qualquer pessoa à nossa volta. Todos são diferentes, seja na forma de pensar, de ver a vida, entre outros.

Logo, a educação inclusiva deve acolher a todas as pessoas, não precisando necessariamente de uma escola especializada e sim, no âmbito escolar “comum”, com professores bem preparados para lidar com essa diferença.

Incluir é tentar fazer com que haja menos discriminação, é permitir interagir com as mais variadas situações, e com as mais variadas pessoas.

A escola tem uma função essencial e primordial nessa inclusão. Se um ganha, ganham todos. A escola precisa ter uma estrutura boa para isso, e não digo apenas estrutura física, mas sim de profissionais dispostos a lidar com essa diferença. Depois da escola (nível professores e funcionários), os alunos ganham muito com a inclusão. Vivemos em um mundo onde tudo o que é diferente, as pessoas insistem em deixar de lado, isso faz com que o preconceito cresça cada vez mais, então quando você inclui novas pessoas, você permite que, desde a infância, as crianças aprendam a lidar com o novo, com a diferença, e a tratar de forma igualitária, diminuindo assim o preconceito. Para o incluído, ter a possibilidade de conviver com outras crianças, faz com que ele sinta-se cidadão como todos os outros, fazendo com que percebam que há um espaço no mundo para eles. Eles são cidadãos, porém ao se verem incluídos poderão sentir menos essa diferença que muitos insistem em manter.

É necessário lidar com a diferença, mas o grande problema é que no lugar da diferença acaba entrando em cena a desigualdade. O preconceito existe em tudo, mas não deveríamos dizer que é pré conceito e sim pós conceito, pois é algo internalizado, incorporado através de um processo educativo.

Precisamos compreender a realidade. Nem sempre apenas explicar algo é suficiente, pois é necessário compreensão e com isso criar significados. Acredito que o que mais precisamos hoje em dia é isso: compreender para criar significados.Para uma escola ser inclusiva é necessário um bom projeto pedagógico que abra espaço para a reflexão. Como citei anteriormente,incluir vai muito além de ter rampas ou um ambiente físico adaptado.

“O que todo ser humano tem de igual é que todos são diferentes” (Autor desconhecido).


Referências:
https://psicologiaacessivel.net/2017/06/07/vamos-falar-sobre-inclusao-escolar/







RESPEITO AS DIFERENÇAS

A escola é um espaço de socialização muito importante para as crianças. É a partir desse ambiente que seu filho aprenderá a conviver com pessoas de diferentes culturas, comportamentos, raça, religião e, em alguns casos, nacionalidade. Isso gera, de certa forma, um conflito que envolve educação e cultura.


Na primeira infância, geralmente, aprendemos o que é comum para a família. A partir dos quatro, cinco anos, passamos a compreender que há um universo muito maior e que nos abrange. Estimular a tolerância às diferenças é mais que importante nesse momento.

É preciso um trabalho educacional paciente – e não é tão complicado quanto se pensa. Os pais têm papel fundamental nesse momento, sendo preciso também reaprender mais sobre respeito, empatia e outros sentimentos relacionados. Conversaremos sobre dicas que ajudam nesse processo e que podem ser aplicadas dentro e fora da escola. Confira.

A didática é mais que fundamental

As crianças, principalmente as menores, aprendem mais facilmente com música e filmes. Há alguns desenhos que podem ser aplicados nessa didática e que mostram muito sobre a tolerância às diferenças. Indicamos a apresentação da animação O Anão que Virou Gigante, uma produção de 2008, mas que sempre é atual para esse tipo de aprendizado.

O filme mostra como um anão que sofria bullying cresce e aprende a combater seus medos e seus inimigos. É uma lição de como ter tolerância às diferenças sem precisar usar a força ou ofensas, o que geralmente acontece no universo infantil. Após assistir a produção, você pode discutir o desenho, de forma bem natural, tentando trazer para a realidade da criança.

Aplicando o aprendizado sob uma perspectiva globalizante

É preciso reconhecer que o aprendizado, fora e dentro da escola, precisa ser feito sob uma perspectiva globalizante para que seja possível trabalhar a tolerância às diferenças. O aluno deste século precisa entender, a partir de aspectos cognitivos, socioculturais e de certa forma, afetivos, como é possível e necessário conviver bem com diferentes.

Isso pode ser aplicado discutindo-se questões em sala de aula e também fora dela, que vão além do método ainda fragmentado existente e defendido por algumas instituições. É possível incluir temas importantes, como por exemplo: gênero, raça, sexo, classe e outras questões fundamentais para a educação moral e social de uma criança. Infelizmente, essas questões ainda são esquecidas por algumas instituições, transformando esses pequenos em futuros adultos intolerantes.


Uma instituição inclusiva é importante para trabalhar a tolerância às diferenças

Pense em uma instituição inclusiva aquela que, de forma democrática, oferece condições para todos os tipos de crianças aprenderem e socializarem de forma completa e sem nenhum tipo de diferenciação. A instituição deve oferecer oportunidades para todos os alunos participaram efetivamente das oportunidades pedagógicas.

É aquela instituição que ajuda na educação do seu filho de forma completa. A prática de exercícios de cidadania é fundamental para o crescimento dos pequenos e a evolução nesse processo.

O trabalho de ensinar tolerância às diferenças precisa ser feito desde os primeiros anos da criança. Não nascemos com preconceitos. Eles são ensinados ao longo de nossa caminhada, mas estamos sempre em missão de quebrar esses conceitos que não nos engrandecem.


Referências:
http://www.cbvweb.com.br/blog/como-estimular-a-tolerancia-as-diferencas-dentro-e-fora-da-escola/








SÍNDROME DE DOWN: A LUTA POR UMA EDUCAÇÃO INCLUSIVA


O dia 21 de março, conhecido como Dia Internacional da Síndrome de Down, é mais um dia que visa conscientizar e chamar atenção da sociedade sobre a importância do respeito e inclusão.


A cada dia, aumenta o número de alunos com deficiência matriculados no ensino regular. As estatísticas mostram que a inclusão deve continuar a crescer, não somente no âmbito escolar mas também social e no mercado de trabalho. Dados do MEC evidenciam este crescimento: em 1998, cerca de 200 mil crianças que necessitavam de educação especial estavam matriculadas no ensino regular. Em 2018, este número cresceu muito, para cerca de 1,18 milhões, sendo que 992 mil estudam em escolas públicas. Esse crescimento nos mostra que a luta por inclusão tem sim causado grandes feitos sociais e que estão gerando mudanças.

Sobre a Síndrome de Down

A síndrome de Down é uma alteração genética causada por um erro na divisão celular. Ao invés de um par de cromossomos 21, pessoas com síndrome de down possuem 3 cromossomos 21, por isso é também conhecida como trissomia do cromossomo 21. Dizem, carinhosamente, que este cromossomo a mais é o cromossomo do amor.

Pessoas com síndrome de Down possuem algumas características próprias, como: olhos oblíquos, mãos menores, rosto arredondado e variáveis graus de comprometimento intelectual.É importante destacar que essa alteração provocada pelo excesso de material genético no cromossomo 21 não torna a criança com Síndrome de Down incapaz de frequentar as escolas. Sabe-se que a inclusão efetiva ainda é um grande desafio, por isso separamos 3 dicas de ouro para te ajudar e também ajudar a sua escola a se tornar de fato mais inclusiva, mas lembre-se: não existe uma única regra ou uma receita. O que precisamos é entender que estamos todos juntos, aprendendo juntos e cheios de vontade de fazer diferença.

Como se preparar para a inclusão

1- Busque conhecimento

Entenda o que é a Síndrome de Down. Busque fazer cursos, aprimore seus conhecimentos. As escolas devem fazer continuamente formação de professores voltadas à inclusão. Nunca se esqueça que, antes da Síndrome de Down, existe ali um criança que possui necessidades de ser criança e que faz tudo o que outra criança faz. Muitas vezes, focamos só nas dificuldades e esquecemos de olhar para as possibilidades. Por isso, ENTENDER o que é, por que é e como fazer é essencial.

2- Articule Iniciativas

Sabemos que o preconceito existe e que, na maior parte das vezes, é gerado pelo adulto (pais, professores e funcionários). Por isso, promova e sugira para a escola momentos de conscientização sobre a Síndrome Down. O dia 21 de Março é uma data excelente para este tipo de movimento. Muitas pessoas não sabem que a convivência nos fará melhores, afinal, poucos são os adultos de hoje que tiveram a oportunidade de estudar ou trabalhar com uma pessoa com síndrome de down. O novo nos causa medo e insegurança. Uma sugestão é levar alguém com Síndrome de Down para contar suas experiências na sua escola em formato de palestra.

3- Ajuste o plano

Flexibilize seu plano de aula, suas atividades e as tarefas. Devido ao comprometimento intelectual, os alunos com Síndrome de Down podem apresentar uma aprendizagem mais lenta, mas não se esqueça: eles são capazes de aprender. Em alguns casos, existe dificuldade motora devido à hipotonia muscular (diminuição do tônus muscular), por isso o excesso de cobranças na escrita pode mais atrapalhar do que ajudar. Tente pensar em soluções para este aluno (uso de tablets visando a inclusão digital, colagem de letras moveis, recortes de palavras), o importante é aprender.

As necessidades do que é preciso fazer depende de cada caso e vem com o dia a dia. Acreditamos que aceitar e acolher a diferença é também superar as nossas dificuldades, entender as nossas limitações. A melhor forma que temos de aprender a incluir é incluindo! É nos permitirmos conviver, aprender, errar e ensinar.

A sociedade vem se conscientizando a cada dia mais sobre a aceitação do diferente, pois todos nós somos diferentes.

Estratégias norteadoras para a inclusão

Ainda que o planejamento precisa ser individualizado, algumas estratégias podem ser norteadoras para a inclusão das crianças com Síndrome de Down na escola. São elas:

Adaptação do currículo

Muitas vezes, será necessária uma adaptação no currículo, adequando-o às necessidades da criança de Síndrome de Down. Isso não significa que ela irá aprender algo diferente dos colegas de turma, mas que o conteúdo será abordado e avaliado de uma forma específica.

Suporte concreto e visual

As crianças com Síndrome de Down aprendem melhor com estímulos visuais e materiais concretos. Sempre que necessário, o professor deve utilizar esses recursos para trabalhar os conteúdos em sala de aula.

Fragmentação de conteúdos

Ao trabalhar um conteúdo em sala de aula, busque estratégias de fragmentação. A repetição é importante para as crianças com Síndrome de Down e o trabalho em etapas facilita a memorização e o aprendizado.

Use uma linguagem clara

Assim como os recursos concretos ajudam na aprendizagem da criança com Síndrome de Down, os comandos do professor também devem ser claros e simples. Isso para que o entendimento do que deve ser feito ou é esperado do aluno naquele momento possa ser melhor compreendido por ele.

Raciocínio abstrato

Principalmente nos anos iniciais na escola, as crianças com Síndrome de Down ainda aprendem muito pelo concreto. O professor deve valorizar seus progressos nesse sentido, sem deixar de trabalhar o raciocínio lógico.

Repetição

Como dissemos, a memorização dos conteúdos depende da repetição. A prática é muito importante para todas as crianças na aprendizagem, principalmente para as com Síndrome de Down.

Dicas e práticas de Inclusão

Conhecendo as características comuns na Síndrome de Down, é possível pensar em estratégias e atividades para a sala de aula. Preparamos algumas dicas para te inspirar, confira!

Estratégias de alfabetização

As crianças com Síndrome de Down costumam apresentar deficit de linguagem que dificultam a alfabetização. A aprendizagem de leitura pelo método fônico (som da letra) pode não ser o mais indicado. Ao mesmo tempo, elas costumam ter boa memória visual.

Dessa forma, as estratégias de alfabetização que trazem mais benefícios são as que trabalham com a palavra inteira, como o método global. Trabalhar as letras e os sons deve ser um segundo passo na alfabetização das crianças com Síndrome de Down.

Outra dica é usar lápis mais grosso ou adaptadores com apoio para os dedos, trabalhando a escrita das letras com um tamanho maior. As crianças com Síndrome de Down podem apresentar hipotonia muscular, o que leva a dificuldades com a coordenação motora fina.

Utilize apoio visual e materiais concretos para trabalhar a matemática. Aprender matemática exige muita capacidade de abstração e raciocínio lógico e esses materiais ajudam a contextualizar o conteúdo, facilitando a compreensão do mesmo.

Essas são algumas orientações importantes para os anos iniciais da criança com Síndrome de Down na escola. O trabalho com as diferenças é um desafio para todos, mas também um aprendizado valioso.

O mais importante no processo de ensino aprendizagem é fazer com que a criança se sinta capaz de superar as suas dificuldades, potencializando as suas habilidades. Essa é a verdadeira inclusão e estamos aprendendo com as crianças com Síndrome de Down, que não só elas, mas todas as crianças, têm necessidades especiais.


Referências:

https://www.fazeducacao.com.br/post/sindrome-de-down-educacao-inclusiva








terça-feira, 29 de setembro de 2020

SÍNDROME DE TOURETTE


Quando falamos da Síndrome de Tourette, não é muito diferente. Trata-se também com medicamentos e terapias. Em ambos os casos, após os primeiros passos, é possível combinar técnicas de relaxamento, como meditação, que reduzem a ansiedade.


A Síndrome de Tourette, também conhecida por doença de Gilles de la Tourette, é um transtorno caracterizado por diversos tiques motores e pelo menos um tique vocal. Estes tiques se manifestam desde a infância e têm remissões e recidivas periódicas, podendo ser suprimidos temporariamente.

Anteriormente, a Síndrome de Tourette era considerada rara e bizarra porque se exigia dela que fosse associada à vocalização de termos obscenos (coprolalia) ou afirmações e impulsos depreciativos, socialmente impróprios; mas, na verdade, este sintomas e manifesta apenas numa pequena minoria de pessoas com a doença. Atualmente, a Síndrome de Tourette já não é considerada tão rara, embora nem sempre seja corretamente identificada, uma vez que a maior parte dos casos é moderada e a gravidade dos tiques diminui à medida que a pessoa atravessa a adolescência e vai se tornando adulta.

A denominação de Síndrome de Tourette foi dada por Charcot em homenagem ao médico francês Gilles de la Tourette que publicou em 1885 um relato de nove casos da doença, embora a condição já fosse conhecida.

Quais são as causas da Síndrome e Tourette?

Fatores genéticos e ambientais desempenham um papel na causa desta síndrome, embora se desconheçam as causas precisas da doença.

Quais são as principais características clínicas da Síndrome de Tourette?

Os tiques ocorrem com maior frequência nas crianças em idade escolar e os mais comuns são piscar os olhos, tossir, limpar a garganta, fungar e fazer determinados movimentos faciais, os quais, eventualmente, se tornam crônicos. Porém, no decorrer da vida adulta, frequentemente, os sintomas vão aos poucos se amenizando e diminuindo.

A Síndrome de Tourette não afeta a inteligência ou a expectativa de vida. Os tiques podem se manifestar em qualquer parte do corpo (barriga, nádegas, pernas, braços, etc.), mas são mais frequentes no rosto e na cabeça.

Os comportamentos obsessivos compulsivos que podem se associar à Síndrome de Tourette ocorrem em cerca de 50% dos casos. Outros sofrimentos psíquicos que têm se mostrado abundantes são os distúrbios do sono, a ansiedade e a depressão. Outros aspectos comportamentais são comportamentos opositivos, agressivos, regressivos, impulsivos; incapacidade de autorregulação, autocrítica e adaptação; intolerância à tensão; incapacidade de controle e liberação dos impulsos e instintos primitivos.

Os sintomas da Síndrome de Tourette ocorrem involuntariamente.

Raramente uma pessoa que sofre dessa condição consegue controlar seus tiques e jamais por períodos prolongados de tempo. Alguns tiques fônicos involuntários presentes na síndrome podem ser rotulados como "gagueira". A reação de muitas pessoas à síndrome é de reprovação, especialmente, quando a pessoa é afetada com gagueira e coprolalia.

Como o médico diagnostica a Síndrome de Tourette?

[Dica de Filme] “Primeiro da Classe” – Falando sobre a Síndrome de Tourette


O diagnóstico da Síndrome de Tourette é eminentemente clínico. Os critérios estabelecidos pelo DSM-IV-TR são:


Múltiplos tiques motores e um ou mais tiques vocais.

Os tiques ocorrem muitas vezes ao dia, quase todos os dias, ou intermitentemente durante um período de mais de um ano.

A perturbação causa acentuado sofrimento ou prejuízo significativo no funcionamento social, ocupacional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.

O início dá-se antes dos 18 anos de idade.

A perturbação não se deve aos efeitos diretos de uma substância ou a uma condição médica geral.

Como o médico trata a Síndrome de Tourette?

Não existem tratamentos eficazes para todos os casos de tiques, mas alguns medicamentos e terapias podem ajudar, sintomaticamente. Na maior parte dos casos, não é necessária qualquer medicação. A educação é uma parte importante do tratamento e muitas vezes suficiente enquanto terapêutica.

Pode haver comorbidades como gagueira, transtorno de déficit de atenção, transtorno obsessivo compulsivo, entre outros, que causam maiores transtornos funcionais ao indivíduo do que os próprios tiques.

Dicas para sala de aula

Em alguns casos os cacoetes e ruídos podem atrapalhar a aula. É importante lembrar que eles ocorrem involuntariamente. Não haja com raiva! Isso pode exigir paciência de sua parte, mas repreender o aluno com a ST é como repreender uma criança com paralisia cerebral por ser desajeitada. A criança com a ST que é chamada atenção devido aos seus sintomas torna-se muitas vezes hostil em relação a autoridade e fica receosa em relação a escola. Além disso, você estará servindo de modelo para a reação das outras crianças da turma. Se o professor não for tolerante, os outros na sala sentirão liberdade para ridicularizar a criança com a ST. Os professores são modelos para os alunos. Portanto, uma atitude positiva e a aceitação dessas crianças são fundamentais para que elas se adaptem ao grupo.

Dê à criança oportunidades para pequenos intervalos fora da sala de aula. Um lugar reservado como a sala do médico ou da orientadora é adequado para dar vazão aos tiques. Alguns alunos com a ST querem, e conseguem suprimir seus tiques durante um curto tempo, porém há necessidade de descarregá-los devido a um aumento da tensão emocional. Um intervalo em um lugar reservado, a fim de relaxar e liberar os tiques, pode muitas vezes reduzir os sintomas na sala de aula. Estes pequenos intervalos podem aumentar a capacidade de concentração da criança, já que ela não estará usando toda a sua energia na supressão dos tiques.

Permita, se necessário, que o aluno com a ST faça provas em um local reservado, para que não haja gasto de energia emocional na contenção dos tiques.

Trabalhe com outros alunos da turma e da escola a fim de ajuda-los a entender os tiques e a reduzir as implicâncias e ridicularizações. (solicite o folheto “Marcos e Cacoetes” escrevendo para o endereço no final deste folheto).

Caso os cacoetes de uma criança se tornem muito incômodos, evite temporariamente que a criança se dirija em voz alta para a turma. O aluno poderia gravar exercícios orais de forma que ele pudesse ser avaliado sem o “stress” de ficar diante da turma.

Você deve ter em mente que o aluno com a ST está tão frustrado quanto você a respeito da natureza incômoda dos tiques. O professor se tornado um aliado desta criança, e ajudando-a a lidar com este distúrbio, juntamente com a família e outros profissionais, pode tornar a vida acadêmica da criança coma ST uma experiência enriquecedora.

Lidando com problemas de escrita

Uma percentagem significativa de crianças com a ST também possui problemas de integração viso-motora. Portanto, tarefas que exijam que esses alunos visualizem, processem e escrevam também prejudica a cópia do quadro negro ou de um livro, a execução de longas tarefas escritas e a apresentação de trabalhos escritos. Até mesmo crianças com a ST que não tenham problema algum para formar conceitos, podem ser incapazes de terminar um dever escrito por dificuldades viso-motores. Algumas vezes, pode parecer que o aluno é preguiçoso ou “enrolador”, mas, na verdade, o esforço para colocar a tarefa no papel é massacrante para esses alunos.

Há uma série de medidas que podem ajudar as crianças com dificuldades de escrita.

Modifique as tarefas escritas permitindo que:

A criança execute problemas alternados de uma página do livro de aritmética;
A criança apresenta os seus trabalhos oralmente;

Um familiar, ou outro adulto atue como uma “secretária” de modo que o aluno possa ditar suas idéias, para facilitar a formação de conceitos. É bom concentrar-se no que a criança aprendeu e não na quantidade de trabalho escrito produzido.

Já que o aluno com problemas viso-motores pode não conseguir escrever rapidamente e, portanto, deixar de anotar informações importantes, designe um colega de turma que utilize papel carbono para fazer cópias de anotações e de deveres de casa. Este colega deve ser um aluno confiável. Aja discretamente a fim de que a criança com a ST não se sinta ainda mais diferente.

Se a sua escola tem provas com sistema computadorizado de pontuação, permita que o aluno escreva na própria folha de prova. Este medida evita notas baixas causadas pela confusão visual que pode ocorrer quando do preenchimento do cartão de respostas.

De sempre que possível, tanto tempo quanto necessário para a execução de provas. Mais uma vez, avalie a necessidade de dar provas em outra sala, no sentido de evitar problemas como, por exemplo, distração para o resto da turma.

Aluno com problemas viso-motores geralmente apresentam erros de ortografia. Não considere os erros de ortografia e encoraje o aluno a reler o texto produzido.

Avalie a caligrafia baseando-se no esforço do aluno

Alunos com a ST apresentam dificuldades especiais para a execução de exercícios escritos de matemática. Eles podem ser auxiliados pelo uso de papel milimetrado com quadros grandes, ou com papel pautado comum, colocado de lado, a fim de formar colunas para o cálculo. O professor também pode permitir o uso de calculadoras para cálculos simples.

Estas medidas podem representar a diferença entre um aluno motivado, bem sucedido e um aluno que se sente um fracasso o que começará a evitar as tarefas escolares por nunca conseguir bons resultados.

Lidando com problemas de linguagem - Gerais e relacionados à Síndrome de Tourette

Algumas crianças com a ST têm sintomas que afetam a linguagem. Há dois tipos de problemas: os que são comuns a outras crianças e aqueles especificamente associados, aos tiques da ST.
As seguintes medidas pode ser úteis ao lidar com problemas de processamento de linguagem relacionados a dificuldades gerais de aprendizagem.

Forneça tanto informação visual quanto auditiva sempre que possível. O aluno poderia receber informações escritas e orais, ou uma cópia do roteiro de aula enquanto ouve as instruções. Gráficos e gravuras que ilustrem o texto também ajudam bastante.

De instruções em uma ou duas etapas de cada vez. Quando possível, peça ao aluno para repetir as instruções para você. Em seguida faça com que o aluno complete um ou dois itens e verifique se ele os fez adequadamente.

Se você perceber o aluno resmungando enquanto trabalha, sugira a ele que sente em um lugar onde não incomodará os outros. Algumas vezes a repetição de instruções ou informações em voz baixa ajuda estes alunos a entenderem e lembrarem a tarefa, bem como a organizarem o raciocínio.

Entre os problemas de linguagem característicos da criança com a ST encontra-se a repetição de suas próprias palavras ou de outra pessoa. Estes sintomas pode parecer gagueira, mas na verdade há omissão de palavras ou expressões. Outros alunos podem se aproveitar deste problema, sussurrando ou dizendo coisas inapropriadas de forma que a criança com a ST involuntariamente as repita e “entre numa fria”.

Você deve estar atento a este problema:

Faça com que o aluno tenha um pequeno intervalo ou mude para outra tarefa.
De a criança um cartão com uma “janela” cortada que deixe ver uma só palavra de cada vez. O aluno desliza a janela pela linha que está lendo de modo que a palavra anterior é coberta e as chances de ficar “preso” a uma palavra diminuam.
Faça com que o aluno use lápis ou caneta sem borracha e permita que o aluno complete o exercício oralmente.
A sua capacidade em ser flexível, como educador, por fazer toda a diferença do mundo.

Lidando com problemas de atenção

Além das dificuldades de aprendizagem, muitas crianças com a ST possuem graus variáveis do Distúrbio Deficitário de Atenção com Hiperatividade. Como mencionamos anteriormente, o tratamento médico deste problema em crianças com a ST é complicado.
As sugestões que se seguem podem ser úteis ao aluno com a ST e Problemas de Atenção.

Coloque a criança sentada na primeira fileira, em frente ao professor, com o intuito de minimizar a distração causada pelas outras crianças.
Evite colocar a criança sentada perto de janelas, portas ou outras fontes de distração.

De ao aluno a possibilidade de um lugar calmo para estudar. Pode ser no corredor ou na biblioteca. Este lugar não deve ser usado como punição, mas sim como um lugar onde a criança possa se dirigir quando estiver com dificuldades de concentração.

O aluno deve trabalhar intensamente durante curtos períodos de tempo, com intervalos para ajudar o professor em alguma atividade ou simplesmente ficar em seu assento. Mude as tarefas com freqüência. Por exemplo, passe alguns problemas de matemática, depois muda para caligrafia, etc...

Combine a execução de tarefas com antecedência. Um número específico de problemas deve ser resolvido dentro de um tempo pré-determinado. Seja realista. Alunos com problemas de atenção não podem fazer duas ou mais atividades independentes ao mesmo tempo. Exercícios curtos com verificações freqüentes são mais eficientes.

Com uma criança mais jovem, uma atitude simples, como colocar a sua mão no ombro dela, pode ser útil como um lembrete para manter a atenção no que está sendo dito.


Referências:
https://www.abc.med.br/p/psicologia-e-psiquiatria/1275338/sindrome+de+tourette+como+ela+e.htm
PortalAcessibilidade- http://www.portaldeacessibilidade.rs.gov.br/servicos/27/1677