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terça-feira, 29 de setembro de 2020

SÍNDROME DE TOURETTE


Quando falamos da Síndrome de Tourette, não é muito diferente. Trata-se também com medicamentos e terapias. Em ambos os casos, após os primeiros passos, é possível combinar técnicas de relaxamento, como meditação, que reduzem a ansiedade.


A Síndrome de Tourette, também conhecida por doença de Gilles de la Tourette, é um transtorno caracterizado por diversos tiques motores e pelo menos um tique vocal. Estes tiques se manifestam desde a infância e têm remissões e recidivas periódicas, podendo ser suprimidos temporariamente.

Anteriormente, a Síndrome de Tourette era considerada rara e bizarra porque se exigia dela que fosse associada à vocalização de termos obscenos (coprolalia) ou afirmações e impulsos depreciativos, socialmente impróprios; mas, na verdade, este sintomas e manifesta apenas numa pequena minoria de pessoas com a doença. Atualmente, a Síndrome de Tourette já não é considerada tão rara, embora nem sempre seja corretamente identificada, uma vez que a maior parte dos casos é moderada e a gravidade dos tiques diminui à medida que a pessoa atravessa a adolescência e vai se tornando adulta.

A denominação de Síndrome de Tourette foi dada por Charcot em homenagem ao médico francês Gilles de la Tourette que publicou em 1885 um relato de nove casos da doença, embora a condição já fosse conhecida.

Quais são as causas da Síndrome e Tourette?

Fatores genéticos e ambientais desempenham um papel na causa desta síndrome, embora se desconheçam as causas precisas da doença.

Quais são as principais características clínicas da Síndrome de Tourette?

Os tiques ocorrem com maior frequência nas crianças em idade escolar e os mais comuns são piscar os olhos, tossir, limpar a garganta, fungar e fazer determinados movimentos faciais, os quais, eventualmente, se tornam crônicos. Porém, no decorrer da vida adulta, frequentemente, os sintomas vão aos poucos se amenizando e diminuindo.

A Síndrome de Tourette não afeta a inteligência ou a expectativa de vida. Os tiques podem se manifestar em qualquer parte do corpo (barriga, nádegas, pernas, braços, etc.), mas são mais frequentes no rosto e na cabeça.

Os comportamentos obsessivos compulsivos que podem se associar à Síndrome de Tourette ocorrem em cerca de 50% dos casos. Outros sofrimentos psíquicos que têm se mostrado abundantes são os distúrbios do sono, a ansiedade e a depressão. Outros aspectos comportamentais são comportamentos opositivos, agressivos, regressivos, impulsivos; incapacidade de autorregulação, autocrítica e adaptação; intolerância à tensão; incapacidade de controle e liberação dos impulsos e instintos primitivos.

Os sintomas da Síndrome de Tourette ocorrem involuntariamente.

Raramente uma pessoa que sofre dessa condição consegue controlar seus tiques e jamais por períodos prolongados de tempo. Alguns tiques fônicos involuntários presentes na síndrome podem ser rotulados como "gagueira". A reação de muitas pessoas à síndrome é de reprovação, especialmente, quando a pessoa é afetada com gagueira e coprolalia.

Como o médico diagnostica a Síndrome de Tourette?

[Dica de Filme] “Primeiro da Classe” – Falando sobre a Síndrome de Tourette


O diagnóstico da Síndrome de Tourette é eminentemente clínico. Os critérios estabelecidos pelo DSM-IV-TR são:


Múltiplos tiques motores e um ou mais tiques vocais.

Os tiques ocorrem muitas vezes ao dia, quase todos os dias, ou intermitentemente durante um período de mais de um ano.

A perturbação causa acentuado sofrimento ou prejuízo significativo no funcionamento social, ocupacional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.

O início dá-se antes dos 18 anos de idade.

A perturbação não se deve aos efeitos diretos de uma substância ou a uma condição médica geral.

Como o médico trata a Síndrome de Tourette?

Não existem tratamentos eficazes para todos os casos de tiques, mas alguns medicamentos e terapias podem ajudar, sintomaticamente. Na maior parte dos casos, não é necessária qualquer medicação. A educação é uma parte importante do tratamento e muitas vezes suficiente enquanto terapêutica.

Pode haver comorbidades como gagueira, transtorno de déficit de atenção, transtorno obsessivo compulsivo, entre outros, que causam maiores transtornos funcionais ao indivíduo do que os próprios tiques.

Dicas para sala de aula

Em alguns casos os cacoetes e ruídos podem atrapalhar a aula. É importante lembrar que eles ocorrem involuntariamente. Não haja com raiva! Isso pode exigir paciência de sua parte, mas repreender o aluno com a ST é como repreender uma criança com paralisia cerebral por ser desajeitada. A criança com a ST que é chamada atenção devido aos seus sintomas torna-se muitas vezes hostil em relação a autoridade e fica receosa em relação a escola. Além disso, você estará servindo de modelo para a reação das outras crianças da turma. Se o professor não for tolerante, os outros na sala sentirão liberdade para ridicularizar a criança com a ST. Os professores são modelos para os alunos. Portanto, uma atitude positiva e a aceitação dessas crianças são fundamentais para que elas se adaptem ao grupo.

Dê à criança oportunidades para pequenos intervalos fora da sala de aula. Um lugar reservado como a sala do médico ou da orientadora é adequado para dar vazão aos tiques. Alguns alunos com a ST querem, e conseguem suprimir seus tiques durante um curto tempo, porém há necessidade de descarregá-los devido a um aumento da tensão emocional. Um intervalo em um lugar reservado, a fim de relaxar e liberar os tiques, pode muitas vezes reduzir os sintomas na sala de aula. Estes pequenos intervalos podem aumentar a capacidade de concentração da criança, já que ela não estará usando toda a sua energia na supressão dos tiques.

Permita, se necessário, que o aluno com a ST faça provas em um local reservado, para que não haja gasto de energia emocional na contenção dos tiques.

Trabalhe com outros alunos da turma e da escola a fim de ajuda-los a entender os tiques e a reduzir as implicâncias e ridicularizações. (solicite o folheto “Marcos e Cacoetes” escrevendo para o endereço no final deste folheto).

Caso os cacoetes de uma criança se tornem muito incômodos, evite temporariamente que a criança se dirija em voz alta para a turma. O aluno poderia gravar exercícios orais de forma que ele pudesse ser avaliado sem o “stress” de ficar diante da turma.

Você deve ter em mente que o aluno com a ST está tão frustrado quanto você a respeito da natureza incômoda dos tiques. O professor se tornado um aliado desta criança, e ajudando-a a lidar com este distúrbio, juntamente com a família e outros profissionais, pode tornar a vida acadêmica da criança coma ST uma experiência enriquecedora.

Lidando com problemas de escrita

Uma percentagem significativa de crianças com a ST também possui problemas de integração viso-motora. Portanto, tarefas que exijam que esses alunos visualizem, processem e escrevam também prejudica a cópia do quadro negro ou de um livro, a execução de longas tarefas escritas e a apresentação de trabalhos escritos. Até mesmo crianças com a ST que não tenham problema algum para formar conceitos, podem ser incapazes de terminar um dever escrito por dificuldades viso-motores. Algumas vezes, pode parecer que o aluno é preguiçoso ou “enrolador”, mas, na verdade, o esforço para colocar a tarefa no papel é massacrante para esses alunos.

Há uma série de medidas que podem ajudar as crianças com dificuldades de escrita.

Modifique as tarefas escritas permitindo que:

A criança execute problemas alternados de uma página do livro de aritmética;
A criança apresenta os seus trabalhos oralmente;

Um familiar, ou outro adulto atue como uma “secretária” de modo que o aluno possa ditar suas idéias, para facilitar a formação de conceitos. É bom concentrar-se no que a criança aprendeu e não na quantidade de trabalho escrito produzido.

Já que o aluno com problemas viso-motores pode não conseguir escrever rapidamente e, portanto, deixar de anotar informações importantes, designe um colega de turma que utilize papel carbono para fazer cópias de anotações e de deveres de casa. Este colega deve ser um aluno confiável. Aja discretamente a fim de que a criança com a ST não se sinta ainda mais diferente.

Se a sua escola tem provas com sistema computadorizado de pontuação, permita que o aluno escreva na própria folha de prova. Este medida evita notas baixas causadas pela confusão visual que pode ocorrer quando do preenchimento do cartão de respostas.

De sempre que possível, tanto tempo quanto necessário para a execução de provas. Mais uma vez, avalie a necessidade de dar provas em outra sala, no sentido de evitar problemas como, por exemplo, distração para o resto da turma.

Aluno com problemas viso-motores geralmente apresentam erros de ortografia. Não considere os erros de ortografia e encoraje o aluno a reler o texto produzido.

Avalie a caligrafia baseando-se no esforço do aluno

Alunos com a ST apresentam dificuldades especiais para a execução de exercícios escritos de matemática. Eles podem ser auxiliados pelo uso de papel milimetrado com quadros grandes, ou com papel pautado comum, colocado de lado, a fim de formar colunas para o cálculo. O professor também pode permitir o uso de calculadoras para cálculos simples.

Estas medidas podem representar a diferença entre um aluno motivado, bem sucedido e um aluno que se sente um fracasso o que começará a evitar as tarefas escolares por nunca conseguir bons resultados.

Lidando com problemas de linguagem - Gerais e relacionados à Síndrome de Tourette

Algumas crianças com a ST têm sintomas que afetam a linguagem. Há dois tipos de problemas: os que são comuns a outras crianças e aqueles especificamente associados, aos tiques da ST.
As seguintes medidas pode ser úteis ao lidar com problemas de processamento de linguagem relacionados a dificuldades gerais de aprendizagem.

Forneça tanto informação visual quanto auditiva sempre que possível. O aluno poderia receber informações escritas e orais, ou uma cópia do roteiro de aula enquanto ouve as instruções. Gráficos e gravuras que ilustrem o texto também ajudam bastante.

De instruções em uma ou duas etapas de cada vez. Quando possível, peça ao aluno para repetir as instruções para você. Em seguida faça com que o aluno complete um ou dois itens e verifique se ele os fez adequadamente.

Se você perceber o aluno resmungando enquanto trabalha, sugira a ele que sente em um lugar onde não incomodará os outros. Algumas vezes a repetição de instruções ou informações em voz baixa ajuda estes alunos a entenderem e lembrarem a tarefa, bem como a organizarem o raciocínio.

Entre os problemas de linguagem característicos da criança com a ST encontra-se a repetição de suas próprias palavras ou de outra pessoa. Estes sintomas pode parecer gagueira, mas na verdade há omissão de palavras ou expressões. Outros alunos podem se aproveitar deste problema, sussurrando ou dizendo coisas inapropriadas de forma que a criança com a ST involuntariamente as repita e “entre numa fria”.

Você deve estar atento a este problema:

Faça com que o aluno tenha um pequeno intervalo ou mude para outra tarefa.
De a criança um cartão com uma “janela” cortada que deixe ver uma só palavra de cada vez. O aluno desliza a janela pela linha que está lendo de modo que a palavra anterior é coberta e as chances de ficar “preso” a uma palavra diminuam.
Faça com que o aluno use lápis ou caneta sem borracha e permita que o aluno complete o exercício oralmente.
A sua capacidade em ser flexível, como educador, por fazer toda a diferença do mundo.

Lidando com problemas de atenção

Além das dificuldades de aprendizagem, muitas crianças com a ST possuem graus variáveis do Distúrbio Deficitário de Atenção com Hiperatividade. Como mencionamos anteriormente, o tratamento médico deste problema em crianças com a ST é complicado.
As sugestões que se seguem podem ser úteis ao aluno com a ST e Problemas de Atenção.

Coloque a criança sentada na primeira fileira, em frente ao professor, com o intuito de minimizar a distração causada pelas outras crianças.
Evite colocar a criança sentada perto de janelas, portas ou outras fontes de distração.

De ao aluno a possibilidade de um lugar calmo para estudar. Pode ser no corredor ou na biblioteca. Este lugar não deve ser usado como punição, mas sim como um lugar onde a criança possa se dirigir quando estiver com dificuldades de concentração.

O aluno deve trabalhar intensamente durante curtos períodos de tempo, com intervalos para ajudar o professor em alguma atividade ou simplesmente ficar em seu assento. Mude as tarefas com freqüência. Por exemplo, passe alguns problemas de matemática, depois muda para caligrafia, etc...

Combine a execução de tarefas com antecedência. Um número específico de problemas deve ser resolvido dentro de um tempo pré-determinado. Seja realista. Alunos com problemas de atenção não podem fazer duas ou mais atividades independentes ao mesmo tempo. Exercícios curtos com verificações freqüentes são mais eficientes.

Com uma criança mais jovem, uma atitude simples, como colocar a sua mão no ombro dela, pode ser útil como um lembrete para manter a atenção no que está sendo dito.


Referências:
https://www.abc.med.br/p/psicologia-e-psiquiatria/1275338/sindrome+de+tourette+como+ela+e.htm
PortalAcessibilidade- http://www.portaldeacessibilidade.rs.gov.br/servicos/27/1677









TRANSTORNO DE ESPECTRO AUTISTA (TEA)



Um dos principais problemas enfrentados na escolarização de pessoas com transtorno do espectro autista (TEA) é o fato de que muitas delas experimentam dificuldade para estabelecer uma relação socializada com os outros. Nesse sentido, mais do que a chance de aprender, a escola oferece a crianças com autismo uma certidão de pertinência ao proporcionar-lhes o lugar de “estudantes”. Com a inclusão, aposta-se no poder das diferentes produções discursivas presentes no ambiente escolar de delinear, assegurar e sustentar o lugar social de aluno.


O autismo, cujo nome técnico oficial é Transtorno do Espetro Autista (TEA), é um transtorno de desenvolvimento caracterizado pela dificuldade de comunicação e interação social, e por comportamentos repetitivos e/ou restritos. Os sintomas aparecem logo nos primeiros anos de vida. O TEA não tem cura, no entanto, a realização de terapias auxilia no desenvolvimento do indivíduo. As causas desse transtorno ainda são incertas, entretanto, acredita-se que estejam ligadas a fatores genéticos e ambientais. O indivíduo no espectro é considerado, por lei, como deficiente, assim, tem seus direitos.

O que é o Transtorno do Espectro Autista?

O TEA é um transtorno do desenvolvimento neurológico que se carateriza, principalmente, pelo comprometimento da habilidade de comunicação e interação social, assim como por comportamentos estereotipados e interesses repetitivos e/ou restritos.

garantidos. No dia 2 de abril, celebra-se o Dia Mundial de Conscientização do Autismo.


Uma das principais características do autismo é a dificuldade de interação social.

Embora, como mencionado, essas sejam as principais, as características apresentadas por esses indivíduos são diversas, por isso o nome “espectro” e o símbolo do transtorno ser um quebra-cabeças, devido a sua complexidade e diversidade.

O TEA tem uma prevalência em indivíduos do sexo masculino. Os seus sintomas, que podem variar de leves a severos, surgem desde os primeiros anos de vida. Os indivíduos no espectro podem ter vida independente, entretanto, em alguns casos, podem ser dependentes por toda a vida para a realização das atividades do dia a dia.
Causas do Transtorno do Espectro Autista

Acredita-se que as principais causas do TEA são fatores genéticos e ambientais. Sendo que a hereditariedade é a responsável por cerca de 81% dos casos. Dentre os fatores ambientais, destaca-se que o uso de determinados medicamentos durante a gestação e a idade avançada do pai sejam fatores que influenciem no desenvolvimento do transtorno.

É importante destacar que, durante a gestação, só devem ser utilizados medicamentos prescritos pelo médico responsável.

Sinais e sintomas do Transtorno do Espectro Autista

Sinais e sintomas do TEA surgem logo nos primeiros anos de vida e devem ser relatados ao médico que faz o acompanhamento da criança. É importante destacar que muitos adultos estão no espectro, mas nunca foram diagnosticados. A seguir, listamos alguns desses sinais que devem servir de alerta:


Não manter contato visual por muito tempo;


Não atender quando chamado pelo nome;


Não se interessar por outras pessoas;


Apresentar pouca ou nenhuma verbalização;


Repetir frases ou palavras sem a devida função (ecolalia);


Incômodo incomum com sons altos;


Interesse restrito ou hiperfoco;


Não apontar e não olhar quando apontamos algo;


Ser muito preso a rotinas;


Fazer movimentos repetitivos sem função aparente;


Alinhar objetos;


Não brincar com brinquedos de forma convencional;


Girar objetos sem uma função aparente;


Quando criança, não imitar e nem brincar de “faz de conta”.

É importante destacar que cerca de um terço das pessoas que apresentam o transtorno não desenvolverá a fala. Além disso, um terço delas também apresenta algum nível de deficiência intelectual.É importante destacar ainda que alguns indivíduos são extremamente inteligentes, sendo insuperáveis em suas áreas de conhecimento.


O indivíduo portador do TEA pode apresentar uma sensibilidade incomum a sons altos.

Diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista

O diagnóstico do TEA segue critérios internacionais e é realizado de forma essencialmente clínica. Por meio de um teste de triagem, busca-se avaliar os sinais apresentados pelo indivíduo, sendo que alguns exames complementares também poderão ser solicitados nesse processo.

Tratamento do Transtorno do Espectro Autista

O TEA não tem cura, no entanto, a realização de terapias é essencial para o melhor desenvolvimento do indivíduo, e essas intervenções devem ser iniciadas antes mesmo de um diagnóstico completamente fechado. O tratamento é interdisciplinar e envolve diversos profissionais. Dentre as terapias a serem realizadas, podemos destacar a psicoterapia, a fonoterapia e a terapia ocupacional.

Em alguns casos em que o indivíduo apresenta, por exemplo, auto agressividade, irritabilidade, hiperatividade, insônia, entre outros sintomas, pode ser necessária a administração de medicamentos, os quais serão indicados pelo médico responsável.
Classificação do Transtorno do Espectro Autista

Até recentemente, o autismo era classificado entre os Transtornos Globais do Desenvolvimento.Em 2013, surgiu o termo Transtorno do Espectro Autista, segundo o Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais.

Em 2018, a nova versão da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde uniu os diagnósticos de Transtornos Globais de Desenvolvimento em Transtornos do Espectro Autista. 

A nova classificação está assim apresentada:

Transtorno do Espectro do Autismo com deficiência intelectual (DI) e com comprometimento leve ou ausente da linguagem funcional;


Transtorno do Espectro do Autismo sem deficiência intelectual (DI) e com linguagem funcional prejudicada;

Transtorno do Espectro do Autismo sem deficiência intelectual (DI) e com ausência de linguagem funcional;

Outro Transtorno do Espectro do Autismo especificado;

Transtorno do Espectro do Autismo, não especificado.

O Transtorno do Espectro Autista e a legislação

A Lei nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012,institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. É importante destacar que o indivíduo no espectro é considerado deficiente para todos os efeitos legais e, assim, tem seus direitos assegurados.

A Lei nº 12.764 aponta, em seu artigo 3º, os direitos da pessoa no espectro autista. São eles:
I - a vida digna, a integridade física e moral, o livre desenvolvimento da personalidade, a segurança e o lazer;
II - a proteção contra qualquer forma de abuso e exploração;
III - o acesso a ações e serviços de saúde, com vistas à atenção integral às suas necessidades de saúde, incluindo:
a) o diagnóstico precoce, ainda que não definitivo;
b) o atendimento multiprofissional;
c) a nutrição adequada e a terapia nutricional;
d) os medicamentos;
e) informações que auxiliem no diagnóstico e no tratamento;
IV - o acesso:
a) à educação e ao ensino profissionalizante;
b) à moradia, inclusive à residência protegida;
c) ao mercado de trabalho;
d) à previdência social e à assistência social.
Parágrafo único. Em casos de comprovada necessidade, a pessoa com transtorno do espectro autista incluída nas classes comuns de ensino regular, nos termos do inciso IV do art. 2º , terá direito a acompanhante especializado.

Em 8 de janeiro de 2020, foi sancionada a Lei nº 13.977, também conhecida como “Lei Romeo Mion”, em homenagem a Romeo Mion, que está no espectro e é filho do apresentador brasileiro e ativista da causa TEA, Marcos Mion.

Um dos principais pontos dessa lei é a criação da Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea).Segundo seu texto, essa carteira busca “garantir atenção integral, pronto atendimento e prioridade no atendimento e no acesso aos serviços públicos e privados, em especial nas áreas de saúde, educação e assistência social”.

Essa lei também informa que os estabelecimentos públicos e privados poderão utilizar a fita quebra-cabeça, símbolo mundial da conscientização do TEA, a fim de identificar a prioridade devida às pessoas com transtorno do espectro autista, o que, muitas vezes, é algo ignorado por eles.

Espectro Autista



A fita quebra-cabeças é o símbolo mundial de conscientização do Transtorno do Espectro Autista.

Dia Mundial de Conscientização do Autismo

O Dia Mundial de Conscientização do Autismo é celebrado anualmente, desde 2007, no 2 de abril. Essa data tem como objetivo levar informação à população a respeito do TEA e, assim, diminuir o preconceito e a discriminação contra os indivíduos que apresentam o transtorno.

Nesse dia são realizadas diversas atividades em todo o mundosobre determinados temas relacionados ao transtorno. No ano de 2019, por exemplo, o tema trabalhado foi “Tecnologias assistivas, participação ativa”, o qual se dedicou à importância do uso das tecnologias para os indivíduos no espectro.

Em 2020, no Brasil, o tema trabalhado será “Respeito para todo o espectro”, uma forma de mostrar as diferentes manifestações do autismo. Nesse dia, as pessoas deverão utilizar a hashtag #RESPECTRO em suas redes sociais para celebrar a data.

Além dos temas trabalhados, como forma de celebrar a data e chamar a atenção das pessoas para o TEA, muitos prédios públicos, bem como os principais pontos turísticos em todo o mundo, são iluminados com a cor azul. Para saber mais sobre essa importante data, acesse: 2 de abril - Dia Mundial da Conscientização do Autismo



Referências:
https://www.revistaautismo.com.br/o-que-e-autismo/



























HIPERATIVIDADE, DISLEXIA, TDA E TDAH: QUAIS AS DIFERENÇAS?


Hiperatividade, déficit de atenção, TDAH e dislexia têm tratamento e um bom diagnóstico faz toda a diferença na vida do portador.


São diferentes nomenclaturas e siglas. Apesar da proximidade entre elas, a hiperatividade, a dislexia e o transtorno de atenção podem atrapalhar a vida e a inserção social de crianças, adolescentes e adultos por um longuíssimo tempo até o diagnóstico preciso.

A boa notícia é que nada disso é doença e, embora sejam distúrbios crônicos, todos têm tratamento. Acredite: é perfeitamente possível que os portadores tenham uma vida feliz, realizada e bem sucedida. São pessoas capazes, diferentes apenas nos mecanismos cerebrais.

A importância da Psicoterapia

Independente da idade, a psicoterapia é fundamental para ajudar o indivíduo a conviver com o problema. Fortalecer sua autoestima e se encontrar. Seja para você, para um filho ou alguma pessoa próxima, vale anotar as características de cada distúrbio e procurar auxílio profissional para um tratamento.

“Alguns casos requerem medicações, outros não. Quando aplicada desnecessariamente ou na dose incorreta, a medicação pode causar problemas, deixar a criança mole. Já quando ministrada do jeito certo, abre um novo mundo para a criança”, alerta a especialista. “O importante é fazer uma análise criteriosa. Sem tratamento e sem apoio da família, da escola e do meio social, o indivíduo pode sentir-se excluído, ter seu potencial subaproveitado ou procurar uma fuga nas drogas ou na delinquência”.

Hiperatividade

Maneira de falar com a criança hiperativa reduz a euforia;

Hiperatividade motora:
frequentemente confundida com as características de uma criança levada, mas a diferença é que ela realmente não para quieta em nenhum momento e tem muito mais “pilha” do que as outras crianças levadas. É agitada demais. Algumas podem ter até dificuldade de dormir.

Hiperatividade cerebral: caracterizada pela extrema agitação mental, falta de concentração e impossibilidade de focar-se em uma coisa só.

Dicas para lidar crianças Hiperativas

Embora o tratamento com um profissional seja bastante eficaz, o convívio com uma criança hiperativa ainda pode ser algo custoso. Confira agora algumas dicas para amenizar a situação e promover uma boa convivência com o transtorno:

1. Imposição de limites

Devido à grande inquietude de crianças hiperativas, há uma tendência de que elas sejam intolerantes a regras. Portanto, cabe aos pais impor limites desde cedo e, a partir de recompensas e punições, demonstrar a importância do respeito às regras.

2. Incentivo à organização

Como já citado, um dos grandes problemas de crianças com TDAH é a manutenção de disciplina, principalmente nas atividades escolares. Assim, é essencial que haja um estímulo à organização de todas as tarefas.

É possível obter grandes ganhos a partir da utilização de cronogramas e agendas — tudo que estimule a manutenção de uma rotina produtiva na vida da criança.

3. Paciência e compreensão

Embora muitas vezes seja fácil perder a cabeça diante das atitudes de uma criança hiperativa, a repreensão nem sempre é o melhor caminho. É necessário compreender e tentar lidar da maneira mais bem-humorada possível, pois nem sempre a criança tem consciência de que está fazendo algo errado.

4. Evite comparações

É comum que muitos pais utilizem comparações a fim de despertar mudanças de comportamento nos filhos.

Entretanto, no caso de crianças hiperativas, essa comparação pode não ser nada saudável, uma vez que algumas atividades apresentam maior grau de dificuldade para indivíduos com TDAH do que para os que não possuem o transtorno. Assim, é conveniente não utilizar esse artifício em virtude do risco do desenvolvimento de sérios problemas de autoestima na criança.

5. Estimule a prática de atividades físicas

A prática de exercícios físicos é muito benéfica para crianças hiperativas. Além do gasto energético de atividades intensas contribuir para amenizar sintomas como a inquietude, algumas dessas atividades podem estimular bastante o desenvolvimento de disciplina, como no caso das artes marciais, por exemplo.

TDA E TDAH

 Proporcionar ao aluno portador de TDAH, condições favoráveis ao seu pleno desenvolvimento.


De acordo com a Associação Brasileira de Déficit de Atenção (ABDA), o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Ele é chamado às vezes de DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção).

O Transtorno do Déficit de Atenção (TDA) apresenta um diagnóstico possível quando a criança mostra comportamentos excessivamente dispersos, principalmente no desempenho escolar.

Se seu(sua) filho(a) é aéreo demais, daqueles que ficam “viajando” o tempo todo, vale observar com mais cuidado. O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) ocorre quando, além da falta de atenção, o indivíduo apresenta comportamento hiperativo.

Este conjunto de dicas para educadores e parentes de crianças com TDAH, tem objetivo de otimizar o aprendizado, bem como proporcionar ao aluno portador de TDAH, condições favoráveis ao seu pleno desenvolvimento.

É fundamental lembrar-se, no entanto, que com ou sem TDAH, cada aluno é único e tem necessidades distintas, assim, nem todos os itens serão necessários para todos os alunos.

É a dedicação do educador, a proximidade dele com cada aluno, que revelará quais e quantas destas dicas trarão o benefício esperado. 

Ajustes e Adaptações Básicas

As configurações a seguir são essenciais para ajudar as crianças com TDAH na sala de aula:

  1.  Reduzir as tarefas, torná-las mais curtas ou dividi-las em partes, etapas.

  2.  Reduzir as tarefas escritas e de copiar.

  3.  Facilitar alternativas distintas de avaliação: oral, com projetos especiais.

  4.  Utilizar suportes complementares na classe como gravadores, calculadoras, computadores, papel carbono, etc.

  5.  Pôr notas das datas em que devem ser entregues as tarefas e trabalhos.

  6.  Complementar, reforçar instruções verbais com informação visual.

  7.  Dar cópias das notas básicas dos capítulos.

  8.  Modificar, simplificar o texto do livro de exercícios.

  9.  Ter em casa uma cópia do texto da escola.

Ajustes e intervenções específicas

No ambiente

  1. Sentar-se na frente, perto do professor.

  2. Sentá-lo longe das distrações.

  3. Limitar as distrações visuais.

  4. Reduzir o nível de ruído quando necessária concentração.

  5. Fazer cartazes e guias para referência do aluno.

Organização

  1. Escrever as tarefas no quadro e explicá-las oralmente.

  2. Usar e seguir o calendário diariamente.

  3. Clarificar as tarefas no final do dia.

  4. Conferir com o professor ou parentes os materiais necessários para levar para casa.

  5. Dar-lhe materiais prontos para arquivar na pasta

  6. Ter pastas, cadernos, etc.,com divisões e cores diferentes.

  7. Ajudar a organizar a mesa e materiais.

  8. Codificar os textos e livros por cor.

  9. Colar uma lista na mesa de: “Coisas por fazer”.

  10. Dividir tarefas longas.

  11. Limitar a quantidade de materiais sobre a mesa da criança.

Comunicação e trabalho em equipe 

  1. As comunicações diárias ou semanais devem ser assinadas pelos pais com gráficos e guias especiais que indiquem o comportamento e se os trabalhos estão completos.

  2. Comunicação telefônica frequente com os pais (Lembre-se de compartilhar as conquistas positivas e as preocupações).

  3. Encontros mais frequentes com os pais para construir uma equipe de trabalho com e para a criança.

  4. Compartilhar com outro professor suas conquistas, atividades, disciplina, trabalho em equipe.

  5. Fazer com que o aluno saiba que estamos interessados em ajudá-lo, dialogar sobre as suas necessidades e incentivar a comunicação aberta.

 Gestão em sala de aula

  1. Aumentar a estrutura e o monitoramento dos comportamentos concretos.

  2. Definir com clareza as expectativas e as consequências (Verifique-as frequentemente).

  3. Ter proximidade física com o aluno, contato visual permanente.

  4. Ensinar apenas quando haja silêncio e todos estejam atentos.

  5. Elogiar comportamentos positivos.

  6. Utilizar cartas de progresso, contratos para melhorar o comportamento.

  7. Facilitar oportunidades de movimento e descansos frequentes.

  8. Dar apoio extra durante as transições e mudanças do dia.

  9. Permitir que o estudante participe da seleção das consequências e dos prêmios.

  10. Utilizar períodos de reforço curtos com avaliação constante.

 Ensino e avaliação

  1. Dar tempo extra para processar informações (falar mais lentamente e dar mais “tempo para que o aluno pense e responda”).

  2. Aumentar a quantidade de exemplos, modelos, demonstrações e prática dirigida.

  3. Dar muitas oportunidades para trabalhar com companheiros ou em grupo pequeno.

  4. Oferecer oportunidades para verbalizar na aula, para expressar-se sem temor em um clima seguro sem temer o ridículo.

  5. Analisar o progresso e reforçá-lo: tarefas, trabalho em classe, etc.

  6. Utilizar técnicas multi - sensoriais

  7. Propor projetos que permitam a criatividade e expressão.

  8. Permitir o uso de computadores, calculadoras, etc.

  9. Ajustar-se às dificuldades envolvidas nos trabalhos escritos por meio de:
     a.      Mais tempo disponível para completar.
     b.      Respostas orais.
     c.      Ditar as respostas, para que alguém as copie.
     d.      Permitir que os pais assinem o trabalho depois de algum tempo.

  10. Repetir as instruções dadas.

  11. Destacar os pontos importantes do texto.

  12. Facilitar-lhe com diagramas e resumos da lição.

  13. Dar-lhe gravações com a leitura do texto.

  14. Usar técnicas de perguntas variadas para dar mais oportunidades de resposta.

  15. Fornecer guias simples, organizados, breves.

Dislexia

[Dica de Filme] “Como estrelas na Terra” fala sobre a Dislexia

O disléxico tem a cognição preservada e muitas vezes acima da média. Genética e hereditária, a dislexia caracteriza-se pela dificuldade de aprendizagem para ler e escrever. Em diferentes graus, os portadores não conseguem associar os fonemas às letras. A dificuldade similar nas ciências exatas, chamada discalculia, provoca transtornos similares em relação aos números e operações matemáticas.

De acordo com a Associação Brasileira de Dislexia (ABD), o transtorno acomete de 0,5% a 17% da população mundial, pode manifestar-se em pessoas com inteligência normal ou mesmo superior e persistir na vida adulta.

5 dicas para ajudar um aluno com dislexia:

1. Dê uma instrução de cada vez.
2. Fale de maneira simples e clara.
3. Permita que os alunos tenham tempo para pensar.
4. Use estratégias multi sensoriais.
5. Reconheça as forças de seus alunos e incentive a auto-estima deles.

Dicas de atividades para crianças com Dislexia

Diante desse cenário, nada melhor que se empenhar para apresentar aos pequenos o mundo de possibilidades que os cercam. Para isso, as atividades voltadas para esse público podem ser uma das alternativas mais eficazes para auxiliá-los na vida escolar, junto com o acompanhamento de um profissional.

Mas que atividades são essas? Como colocar em prática? O que fazer? Elas ajudam o desenvolvimento da criança? Enfim, vocês terão a oportunidade de ficar por dentro de alguns detalhes importantes na hora de lidar e oferecer exercícios/atividades que fazem toda a diferença à criança.

Escolhendo as atividades

É preciso estar atento ao que será proposto ao pequeno, mas para que isso aconteça de fato, nada melhor que conhecer o gosto da criança. Há aquelas que são mais ligadas aos jogos eletrônicos e outras mais ligadas à música, por exemplo. De qualquer forma, sempre haverá a alternativa ideal para cada um.

– Aulas cantadas

Já é do conhecimento geral que a música é uma importante aliada no tratamento de vários males. Afinal, ela é responsável pelo desbloqueio do sistema nervoso, pela atuação no sistema cardiopulmonar, entre outras áreas do organismo.

De acordo com estudos, a ligação entre a dislexia e a música está no seguinte fato: existe uma transferência de habilidades presentes no ritmo cerebral, que contribui para a capacidade de diferenciar sons. Com isso, a criança pode passar a ler corretamente, de acordo com os fonemas captados pelo pequeno.

As aulas cantadas são importantes por conta disso. No entanto, é importante que haja acompanhamento com fonoaudiólogos para que o resultado seja ainda mais satisfatório. O trabalho com os fonemas é necessário e o papel do profissional está aí para trabalhar essa competência.

– Jogos eletrônicos

A utilização de jogos eletrônicos como alternativa para diminuir os efeitos da dislexia também é uma ótima ideia. Os games são responsáveis por proporcionar mais atenção aos pequenos.

Uma pesquisa divulgada no jornal Current Biology mostrou que os jogos de ação induziram as crianças a terem tanto a velocidade quanto o tempo de reação mais aprimorados, o que possibilitou melhoria na leitura.

Claro que no ambiente escolar é preciso dosar a intensidade dos jogos. No entanto, como complemento às atividades pedagógicas, os games podem ser grandes aliados.

– Atividades escolares em dispositivos eletrônicos

Muitas escolas utilizam dispositivos eletrônicos para transmitir algum conteúdo complementar. Neste caso, não se trata de jogos, mas realmente conteúdo pragmático e que pertence à grade curricular da criança.

Os tablets, por exemplo, são muito usados para essa finalidade. Eles contam com muitas atividades que proporcionam o conhecimento da criança. É sempre válido ressaltar que o acompanhamento do educador deve ser frequente.

– Caça-palavras, forca e palavra-cruzada

As atividades que fizeram parte de nossa infância ainda continuam especiais. Caça-palavras, forca e palavra-cruzada permanecem eficazes para se trabalhar a habilidade das crianças e ajudá-las a diminuir os efeitos da dislexia em sua vida.

Tratamento que exige paciência

O tratamento para em casos de dislexia é algo que deve ser levado como um trabalho que exige paciência, pois é gradativo. Mesmo que ainda hoje não exista uma cura para o transtorno, é verdade que as intervenções são excelentes para o desenvolvimento das crianças.


Referências:
https://www.vittude.com/blog/hiperatividade-dislexia
https://blog.psicologiaviva.com.br/hiperatividade-agitacao/
http://www.espacoaprendercpp.com.br/sem-categoria/dicas-de-atividades-para-criancas-com-dislexia/
https://tdah.org.br/ajustes-adaptacoes-e-intervencoes-basicas-para-alunos-com-tdah/